Trump mira cidadania por nascimento nos EUA: o que isso significa?

Decreto desafia a 14ª Emenda e deve enfrentar batalhas judiciais; especialistas dizem que mudança é improvável.

21/01/2025 às 15h02
Por: Redação
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Trump mira cidadania por nascimento nos EUA: o que isso significa?

Explicando o caso: Trump contra a cidadania por nascimento

Logo após reassumir a presidência, Donald Trump anunciou uma ordem executiva polêmica: impedir que filhos de imigrantes sem documentos, nascidos nos EUA, sejam reconhecidos como cidadãos americanos. Essa medida, no entanto, vai contra a Constituição dos EUA, que garante a cidadania por nascimento há mais de 150 anos.

 

O que Trump quer mudar?

Segundo Trump, a 14ª Emenda foi mal interpretada ao longo dos anos. Ele afirma que o direito à cidadania não deveria ser estendido a filhos de pais que estão ilegalmente no país. Para colocar isso em prática, o decreto prevê que, em 30 dias, as agências federais deixem de emitir documentos de cidadania para essas crianças.

 

Por que isso é polêmico?

A 14ª Emenda, aprovada em 1868, estabelece que qualquer pessoa nascida em solo americano é automaticamente cidadã. Alterar esse direito constitucional não é tão simples: exige aprovação de dois terços do Congresso e a ratificação de três quartos dos estados americanos. Ou seja, um decreto presidencial não tem poder suficiente para mudar a Constituição.

 

O que dizem os especialistas?

Juristas apontam que a medida de Trump provavelmente será contestada na justiça, já que é vista como uma violação direta da Constituição. Além disso, qualquer tentativa de reinterpretação da 14ª Emenda enfrentará grandes obstáculos legais e políticos, com pouca ou nenhuma chance de sucesso.

 

Por que isso importa?

A cidadania por nascimento é um dos pilares que moldam a sociedade americana. Se alterada, milhões de crianças poderiam ser privadas de seus direitos básicos. Essa medida tem o potencial de intensificar o debate sobre imigração nos EUA, com reflexos em famílias, comunidades e políticas migratórias.

 

Conclusão

Embora a ordem de Trump tenha causado alvoroço, as barreiras legais e constitucionais tornam improvável que ela entre em vigor. A discussão, no entanto, ressalta o quanto a questão migratória continua no centro do debate político nos EUA.

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